O texto a seguir faz parte de uma aula sobre Ecologia, quando eu cursava Licenciatura em Ciências Biológicas, pela Unimes Virtual (Valdemir Mota de Menezes, o Escriba)
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Na década de 1970, a ONU realizou várias
conferências internacionais
centradas nas questões ambientais.
As teses defendidas em Estocolmo (1972), Belgrado e Tblisi (1977), entre
outras, conhecidas como Relatório Meadows , defendiam a paralização imediata e total
do crescimento econômico mundial como único meio capaz de evitar uma catástrofe
ambiental generalizada que se fazia antever como resultado do modelo de
desenvolvimento “a qualquer custo”.
Embora o diagnóstico estivesse
essencialmente correto, a proposta de
crescimento zero era inadmissível
tanto para os países industrializados,
e, portanto, para as grandes
corporações transnacionais cujo único interesse era a preservação de sua taxa
de lucros como para os países em desenvolvimento ou mesmo para os subdesenvolvidos.
As delegações do Terceiro Mundo defendiam o direito de percorrer mesma a
trajetória de desenvolvimento econômico já trilhada pelos países do mundo
industrializado.
Sem crescimento, como poderiam
superar o atraso e a miséria?
Nesta perspectiva, era uma
proposta no mínimo injusta daqueles que só
lembravam da natureza depois de
tê-la destruído. Para os países em desenvolvimento, a proposta do chamado
Primeiro Mundo significava o congelamento da desigualdade.
No entanto, iam se tornando cada
vez mais evidentes as conseqüências do desenvolvimento econômico mundial
desnudado não apenas pela poluição industrial, mas também pelo crescimento da
miséria e pela irracionalidade da violência que pode ser vista em conflitos
como o do Vietnã e Biafra, por exemplo Começou a ruir a “mitoideologia global
de que as sociedades hiperindustriais conduziriam ao bem-estar generalizado” .
Na década de 1980, o enfoque se
deslocou para a sustentabilidade da atividade humana. O problema ambiental não
estaria no desenvolvimento em si, mas no modelo de desenvolvimento (crescimento
econômico) incapaz de satisfazer “as necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras satisfazerem as suas” .
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