quinta-feira, 20 de setembro de 2012

CRESCIMENTO ECONÔMICO X ECOLOGIA


O texto a seguir faz parte de uma aula sobre Ecologia, quando eu cursava Licenciatura em Ciências Biológicas, pela Unimes Virtual (Valdemir Mota de Menezes, o Escriba)

-----------------------------

Na década de 1970, a ONU realizou várias conferências internacionais
centradas nas questões ambientais. As teses defendidas em Estocolmo (1972), Belgrado e Tblisi (1977), entre outras, conhecidas como Relatório Meadows , defendiam a paralização imediata e total do crescimento econômico mundial como único meio capaz de evitar uma catástrofe ambiental generalizada que se fazia antever como resultado do modelo de desenvolvimento “a qualquer custo”.

Embora o diagnóstico estivesse essencialmente correto, a proposta de
crescimento zero era inadmissível tanto para os países industrializados,
e, portanto, para as grandes corporações transnacionais cujo único interesse era a preservação de sua taxa de lucros como para os países em desenvolvimento ou mesmo para os subdesenvolvidos. As delegações do Terceiro Mundo defendiam o direito de percorrer mesma a trajetória de desenvolvimento econômico já trilhada pelos países do mundo industrializado.

Sem crescimento, como poderiam superar o atraso e a miséria?
Nesta perspectiva, era uma proposta no mínimo injusta daqueles que só
lembravam da natureza depois de tê-la destruído. Para os países em desenvolvimento, a proposta do chamado Primeiro Mundo significava o congelamento da desigualdade.

No entanto, iam se tornando cada vez mais evidentes as conseqüências do desenvolvimento econômico mundial desnudado não apenas pela poluição industrial, mas também pelo crescimento da miséria e pela irracionalidade da violência que pode ser vista em conflitos como o do Vietnã e Biafra, por exemplo Começou a ruir a “mitoideologia global de que as sociedades hiperindustriais conduziriam ao bem-estar generalizado” .

Na década de 1980, o enfoque se deslocou para a sustentabilidade da atividade humana. O problema ambiental não estaria no desenvolvimento em si, mas no modelo de desenvolvimento (crescimento econômico) incapaz de satisfazer “as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras satisfazerem as suas” .

Nenhum comentário:

Postar um comentário